Os tipos de liderança servem como referência de performance profissional e dão pistas sobre a produtividade nas empresas. Quando os líderes em questão não estão em sintonia com o que seus subordinados e o negócio precisam, a tendência é que os resultados sejam ruins.
Por outro lado, se existe sinergia entre lideranças e liderados, o potencial de crescimento tende a aumentar, às vezes, de forma surpreendente. Tudo vai depender da forma como as pessoas em posição de comando se mostram mais ou menos capazes de manter a motivação.
Liderar é conduzir pessoas em prol de um objetivo, sendo necessário influenciar, motivar, ensinar, aprender e dar ordens quando for o caso, para que a pessoa ou o grupo tenha uma postura eficiente e eficaz, rumo ao objetivo traçado.
É o que poderemos comprovar, conhecendo melhor 7 perfis de líderes mais em evidência. Lembre-se de que não há certo e nem errado, mas o que se encaixa melhor conforme as circunstâncias. Boa leitura!
Liderança técnica
“Gestão é fazer as coisas corretamente; liderança é fazer as coisas certas”. (Peter Drucker).
O líder técnico se distingue por deter amplo conhecimento sobre sua profissão, ou seja, é alguém que se torna respeitado pela sua notória habilidade com a parte mais prática. Seu papel nas organizações vem ganhando cada vez mais importância, o que tem suscitado novas formas de estruturar as carreiras.
Um exemplo é a chamada carreira em Y, na qual os profissionais com muita competência técnica podem optar por progredir, buscando cargos mais executivos e menos ligados à gestão.
De qualquer forma, esse tipo de profissional nem sempre conta com as ferramentas necessárias para gerar empatia na pessoas. Como esses profissionais são altamente focados na execução das atividades e possuem na sua grande maioria uma postura introspectiva, acabam sentindo dificuldades em se relacionar com seus comandados.
Se for o caso, uma opção interessante é investir em coaching para desenvolver a habilidade de se relacionar ou até mesmo cursar uma Oratória, matéria que ajuda as pessoas a desenvolver técnicas de comunicação.
Liderança motivacional
“Um bom líder não é um buscador de consensos, mas um moldador de consensos”. (Martin Luther King, Jr.)
A motivação de equipes é um dos desafios que se impõem nas empresas, principalmente naquelas que já nascem com DNA voltado para desenvolver tecnologia e inovação.
Motivar é estimular as pessoas a irem na mesma direção em busca do sucesso almejado, com determinação e entusiasmo. Uma equipe motivada busca com mais afinco as metas e objetivos pré definidos pela empresa, muito por que há um alinhamento com o objetivo profissional de cada integrante do time.
Nesse contexto, a liderança motivacional pode significar o salto de qualidade necessário, desde que esteja alinhada com os outros profissionais na parte técnica. Assim, ela poderá exercer o magnetismo pessoal para extrair, das pessoas sob sua supervisão, o algo mais que, em condições normais, elas não seriam capazes de doar.
Liderança democrática
“A boa liderança é mostrar às pessoas comuns como fazer o trabalho de pessoas superiores”. (John D. Rockefeller).
Embora possa parecer, um líder democrático não tem as mesmas características de um líder motivador. Na verdade, para entender melhor o seu papel, é preciso resgatar o significado de democracia, que, no sentido político, é a soberania exercida pela maioria, o povo.
Portanto, um líder que se encaixa nesse perfil tende a delegar mais tarefas, dividir responsabilidades e colocar-se em posição de escuta. É diferente do motivador, que se preocupa mais em manter a “chama acesa” do que em repartir o poder de decisão.
O líder democrático é aquele que contribui para definição do trabalho, mas o que deve ser feito é definido pelos próprios subordinados em função dos resultados esperados. Seu papel é de mediador de conflitos, conciliando o interesse individual de cada profissional da equipe.
Liderança liberal
“O exemplo é a liderança”. (Albert Schweitzer).
Em equipes com bastante maturidade, a liderança liberal pode ser mais indicada, já que seu traço mais marcante é justamente o laissez-faire, expressão em francês que significa “deixar fazer”.
Por outro lado, é consenso que a liberalidade nem sempre é saudável, uma vez que pode desencadear comportamentos menos responsáveis ou gerar, entre os liderados, a percepção de que não há regras a serem seguidas. Por isso, esse tipo de líder não é indicado para estar à frente de equipes cuja atividade dependa de muito controle.
Liderança autoritária
“A qualidade de um líder é refletida nos padrões que eles estabelecem para si próprios”. (Ray Kroc).
Sempre contestada, a liderança autoritária é a que o líder exerce maior autoridade aos comandados, através de ordens claras e diretas de como o trabalho deve ser feito, sem abrir espaço para que os subordinados opinem sobre o procedimento adotado.
Nesse tipo de liderança as decisões normalmente ocorrem com maior rapidez, já que naturalmente esse tipo de profissional decide e determina o que será executado sozinho.
Entretanto, a autoridade sozinha não trará resultados positivos para a equipe, pois como a posição do líder é mais autocrática, os demais acabam por assumir uma posição mais submissa e inibida, já que há determinação expressa a obediência sem o diálogo.
Junto a autoridade, deve-se construir uma posição positiva junto aos liderados, no sentido de motivação, aprendizagem e influência para o crescimento profissional.
Vale destacar que, o estilo de liderança autoritário poderá ser útil, sobretudo em momentos de crise, quando atitudes firmes e diretas precisam ser tomadas. O líder com perfil autoritário tende a simplificar os processos e tarefas, tornando-os mais produtivos.
Liderança carismática
É o tipo de liderança que tem como base o carisma do líder. Esse perfil costuma criar um grande laço de fidelidade com seus liderados, que são motivados pela inspiração da figura do líder.
Apesar de não possuir grandes requisitos técnicos, o profissional carismático consegue melhorar significativamente os resultados da empresa por exercer uma poderosa influência sobre seus liderados, conquistando maior dedicação, fidelidade e compromisso com os objetivos traçados.
Liderança situacional
“Liderança e aprendizagem são indispensáveis um para o outro”. (John F. Kennedy).
A própria existência de diferentes perfis de liderança mostra que a realidade não é algo simples de ser compreendido. No dia a dia, as pessoas apresentam variações em seus comportamentos, o que gera reflexos na performance profissional.
Não seria mais produtivo se os líderes pudessem dar conta dessas oscilações com a mesma desenvoltura?
É por isso que a figura do líder situacional vem sendo aclamada como a que mais se ajusta às demandas das empresas. Ela é capaz de equilibrar as características de todos os perfis que abordamos até agora, dosando os atributos necessários para lidar com diversos tipos de situações.
Na verdade, o líder situacional tem origem em uma teoria, que destaca a importância da capacidade de um líder aplicar as medidas corretas, conforme o grau de maturidade em que seus liderados se encontram.
Conhecida como Hersey-Blanchard Situational Leadership Theory, destaca a necessidade de identificar o nível de amadurecimento do subordinado. Assim, o líder poderá saber se precisa orientar, motivar ou dosar ambas as ações para extrair os melhores resultados.
Os tipos de liderança têm sempre relação direta com o perfil das pessoas a serem lideradas. O ideal é que prevaleça o equilíbrio, já que, como vimos, diferentes líderes geram resultados conforme o contexto em que atuam.
Seja um líder de sucesso, mantenha-se em constante aprendizado e você verá que as pessoas passarão a prestar mais atenção ao que você faz.
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