A redução de custos na empresa é o ponto de partida para aumentar a lucratividade. No Brasil, país em que a carga tributária já é uma vilã conhecida, mitigar custos equivale necessariamente a realizar um planejamento tributário, com o objetivo de não só reduzir o pagamento dos impostos, como ajustar procedimentos internos, conferir obrigações tributárias enviadas ao fisco e prevenir a empresa contra eventuais multas fruto de fiscalizações, tudo isso respeitando a legislação tributária vigente.
Estudos apontam que a carga tributária brasileira é alta, se considerarmos a forma como são aplicados os recursos em educação, saúde, transporte e segurança. Afinal, pagamos mais impostos que muitos países desenvolvidos, sem que isso reverta em serviços públicos de mais qualidade. No final, são as empresas que acabam pagando a conta pela má gestão do dinheiro que entra nos cofres do governo.
Portanto, quem busca alternativas para diminuir os custos operacionais deve ter, na contabilidade e na gestão tributária, suas principais aliadas. Essas alternativas serão mostradas a partir de agora, então, leia atentamente até o final e veja como fazer para “amansar” o Leão e lucrar mais!
Redução no pagamento de impostos
Imagine que sua empresa opera em diversos estados brasileiros e, por força de sua abrangência territorial, paga elevadas somas na forma de ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
Trata-se de um imposto cujas alíquotas são determinadas pelos estados, ou seja, cada um estipula um percentual diferente.
Não seria interessante se sua empresa encontrasse um meio para operar apenas nos estados que cobram menos ICMS ou que tivessem uma filial em locais cuja a operação interestadual possui carga tributária mais elevada do que a operação interna dentro do mesmo estado, e ainda, pelo menos, concentrasse as operações onde as alíquotas são menores?
Pois essa é uma forma de realizar a chamada elisão fiscal. Com essa prática, sua empresa reduz o pagamento de impostos com base na lei, transferindo atividades ou modificando suas operações de forma a reduzir a tributação.
Esse é um dos principais papéis da contabilidade, planejar, orçar, controlar, corrigir de maneira eficiente tornando possível a redução de custo de forma legal.
Aproveitando crédito
Outro meio de pagar menos impostos e, consequentemente, aumentar a margem de lucro, é conhecendo os mecanismos para receber créditos fiscais.
Daí a importância da contabilidade, que ao analisar os relatórios contábeis e obrigações tributárias verifica eventuais pagamentos de impostos à maior ou indevidamente, possibilitando que a empresa faça compensação ou restituição dos valores até então suportados pela empresa equivocadamente.
Acredite, o que mais tem são empresas que não conhecem os procedimentos necessários para receber esses créditos. Isso acontece quando a contabilidade não atua de forma estratégica, o que redunda em perdas que, de outra forma, seriam evitáveis.
Mudando o regime tributário
O Simples Nacional tornou-se o “queridinho” do empresariado brasileiro, em função de ser a forma de tributação mais simplificada, se comparada ao Lucro Real e o Lucro Presumido.
Entretanto, engana-se quem acha que o Simples Nacional sempre será o regime tributário mais vantajoso para a empresa e que se pagará menos impostos.
Como não há receita de bolo, conforme você pode conferir em nosso guia completo sobre o Simples, Lucro Real e Presumido, é necessário analisar a atividade da empresa, o faturamento, o dia a dia operacional, despesas e tudo o mais que impacta nos resultados da empresa, pois cada uma dessas formas de tributação possuem vantagens e desvantagens que, em última análise, se mal planejados inviabilizam o negócio.
Considerando essa possibilidade, o melhor a se fazer é estudar, junto a uma assessoria contábil, se vale a pena mudar de regime fiscal, desde que sejam constatadas vantagens em efetivar a mudança.
Programando os custos
No regime de Lucro Real, ainda é possível optar pela tributação trimestral ou anual. Pode parecer que dá no mesmo, mas, na verdade, escolher com critério a periodicidade de apuração pode ser decisivo para a redução de custos na empresa.
Isso é verificável em negócios que têm suas margens de lucro reduzidas em certas épocas do ano, como empresas que fabricam material escolar.
Programar o pagamento de impostos nos períodos certos representa menor impacto nas finanças, já que sua empresa se prepara para dar conta dos encargos de forma antecipada.
Por outro lado, se sua empresa não dá a importância devida à programação da tributação, poderá pagar mais quando estiver com menos dinheiro em caixa, aumentando seu prejuízo.
Ainda, não só a periodicidade de apuração pode ser planejada. Um bom gestor deve ter consigo a carga tributária incidente sobre cada uma das atividades da empresa, pois é comum casos em que a tributação em uma ou outra operação seja maior ou menor.
Esse domínio do impacto tributário, fará com que você programe melhor o pagamento dos impostos, como também considere os tributos na hora de formular seu preço ao fechar contratos ou definir valor de produtos.
Essa programação é valiosa, não é verdade? Se você não é especialista da área não planeje sozinho, busque o apoio de uma consultoria tributária para entender melhor o cenário da sua empresa.
Economizando na folha
Um dos tributos mais “aterrorizantes” para as empresas é o INSS Patronal (parte empresa). Sua alíquota é realmente pesada: 20% sobre o valor bruto de tudo que é pago na forma de salários, serviços autônomos, contratações de freelancers ou trabalhadores de meio período.
Sem contar o 8% de RAT (Risco de Acidente Trabalhista), SAT (Seguro de Acidente do Trabalho) e o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) que a empresa deve pagar e normalmente é desconsiderado na maioria dos levantamentos de custos trabalhistas.
Sendo assim, toda folha de pagamento implica o respectivo pagamento dos tributos que são utilizados para financiar a seguridade social.
Já que destacamos possíveis desvantagens do Simples, agora é a vez de falar de uma de suas muitas vantagens. Nesse regime, não há a incidência do INSS Patronal e o custo da forma de pagamento é consideravelmente reduzido.
Mas daí que entra a assessoria contábil especializada, pois se a sua empresa for integrante do ANEXO IV, essa vantagem não pode ser aproveitada e você deverá pagar o INSS Patronal.
A economia nesse imposto, portanto, é um dos desdobramentos que a contabilidade aplicada à redução de custos pode gerar, por intermédio da opção pelo Simples Nacional.
Aproveitando incentivos fiscais
O governo federal nem sempre é o vilão da história. Dependendo da conjuntura econômica e de outros fatores, é relativamente comum o fisco promover a isenção de imposto ou o incentivo fiscal em certas atividades.
Uma das mais conhecidas leis de incentivo fiscal é a Lei Rouanet, cujo objetivo é fomentar a criação artística no Brasil. Contudo, existem muitas outras leis e mecanismos de incentivo fiscal que podem ser acionados em benefício de sua empresa.
A questão que se impõe é como fazer isso de forma segura e dentro do que determina a lei, afinal, nem sempre a legislação é de fácil entendimento. Tudo porque existe uma série de exigências para que uma empresa possa usufruir de incentivos fiscais.
É nesse aspecto que a contabilidade é a resposta para a redução de custos na empresa. Só o apoio de especialistas garante o cumprimento de todasas condições contábeis, tributárias e empresariais necessárias para mitigar o impacto dos impostos.
Embora a proposta de pagar menos impostos seja atraente, a implementação efetiva de medidas para diminuir a carga tributária deve passar necessariamente pelo crivo de profissionais qualificados no assunto. Tome uma decisão a favor do sucesso da empresa! Faça contato agora mesmo e converse com nossos especialistas. Diga adeus ao pagamento de impostos em excesso!