Ao falarmos na gestão de um negócio, um dos pontos mais importantes que deve ser abordado é com relação aos riscos empresariais. Quando erros e acidentes acontecem, a empresa perde em várias questões, como produtividade, finanças e, em alguns casos, prejudica sua imagem no mercado.
Entretanto, a notícia boa é que a maioria das falhas pode ser evitada por meio de conhecimentos e planejamentos. Assim, medir, controlar e prever são importantes passos para que os processos de trabalho sejam eficientes e a organização consiga manter seus sistemas otimizados.
Continue a leitura e conheça algumas das principais ameaças às quais seu empreendimento está sujeito!
Riscos fiscais
Os riscos fiscais dizem respeito às obrigações legais relacionadas às declarações e impostos. Um exemplo, é entregar a declaração com dados errados ou fora do prazo e receber multa devido a isso. Ainda, não emitir as notas fiscais de acordo com a lei, o que poderá fazer com que a empresa seja acusada de sonegação.
Para se livrar desse impasse, é imprescindível ter um planejamento tributário detalhado, a fim de definir os procedimentos do negócio para arcar com essas responsabilidades e estruturar os pontos perigosos. Ter ajuda de um contador de confiança também auxilia a tornar a organização menos vulnerável a essas falhas.
Riscos operacionais
Os riscos empresariais operacionais são definidos como aqueles decorrentes de falhas em processos internos, externos, de sistemas e de pessoas, que, em conjunto, constituem uma organização. Eles são específicos a cada ambiente. Então, um posto de gasolina, por exemplo, tem o risco de explodir, se o combustível não for armazenado da forma adequada. Já um banco corre o risco de ser assaltado, se não houver um sistema de segurança eficaz.
Existem algumas formas de evitar tais ameaças. Uma delas é realizar um mapeamento dos processos, a fim de identificar aqueles pontos mais frágeis e, com isso, aplicar técnicas para mitigação. Neste ponto, é primordial que a empresa adote como padrão de comportamento organizacional ações de compliance.
Alguns dos detalhes a serem avaliados são em: infraestrutura, pessoas, TI, atividades rotineiras. Na infraestrutura, é aconselhável analisar possibilidades de desabamento e enchentes, por exemplo. Em pessoas, os conflitos, a corrupção. Em TI, a probabilidade de perda de dados importantes. Nas atividades, é recomendado conhecer o passo a passo dos principais departamentos, como RH e área de compras.
Riscos estratégicos
Aqui, o foco é no acompanhamento de fatores que prejudiquem o alcance dos objetivos estratégicos, os quais representam a sobrevivência e a sustentabilidade do empreendimento. Para isso, é recomendado que a empresa tenha as suas metas, a missão, a visão e os valores bem delineados, pois são esses aspectos nos quais ela se baseará para implementar todas as ações.
Uma metodologia que pode ajudar a sua empresa na criação de uma gestão estratégica é a aplicação do método OKR, que de maneira simples permite que a empresa classifique suas prioridades de acordo com a sua necessidade considerando metas individuais e alinhando-as com a estratégia macro do negócio.
Além disso, ela pode fazer uso de ferramentas, como a SWOT, a qual analisa aspectos ambientais internos e externos, como forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a fim de tomar decisões mais acertadas e conseguir amenizar alguns perigos.
Então, por exemplo, ao se perceber em um meio cercado de fraquezas e ameaças, a atitude certa seria ter mais prudências nas ações e esperar para inovar em outro momento. Isso evitaria, entre outras consequências, gastos monetários e constrangimentos à imagem empresarial.
Riscos financeiros
À medida que o negócio cresce, mais complexa fica a sua gestão financeira. Enquanto no início, o próprio gestor consegue dar conta de fazer o equilíbrio das finanças sozinho, possivelmente, ele precisará de ajuda, quando o empreendimento já está mais desenvolvido.
O objetivo é sempre fazer com que os ganhos sejam maiores que os gastos. Para isso, é imprescindível bastante monitoramento. No fluxo de caixa, por exemplo, é necessário fazer a projeção adequada, das entradas e saídas, a fim de que as operações estejam sempre no azul. Isso porque é comum acontecer de os clientes realizarem compras parceladas e, antes que esses recursos entrem, a empresa precisar fazer pagamentos a fornecedores ou salário dos funcionários, por exemplo.
Assim, para evitar tais riscos empresariais financeiros, o gestor precisa cumprir algumas ações, como reajustes de prazo e pagamento com os fornecedores, além de buscar economia em despesas corriqueiras, como contas de água e luz.
Riscos cibernéticos
Ter um comportamento digital seguro e investir na proteção dos sistemas da empresa, com antivírus e firewalls, é fundamental para evitar que informações importantes sejam roubadas por pessoas mal-intencionadas. Ataques cibernéticos ocorrem a todo instante e, só no Brasil, eles quase dobraram em quantidade no ano de 2018. Engana-se quem pensa que as grandes empresas estão bem protegidas, já que, teoricamente, têm mais recursos para investir em segurança. A Sony, em 2014, por exemplo, foi vítima de uma dos maiores ataques da história.
Outra situação recorrente, é em empresas que recebem pagamentos e se veem alvos de roubos de informações dos clientes. Nessas situações, o recomendado é investir em selos e certificações de criptografia para os sites, além de um sistema de pagamento que ofereça proteção nas transações.
Mais uma opção para proteção, nesses casos, é contratar seguradoras para os meios cibernéticos.
Riscos no ambiente de trabalho
É obrigação de toda empresa oferecer um ambiente de trabalho seguro, que livre o trabalhador de acidentes e doenças ocupacionais. A Norma Regulamentadora 9 estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, para ser seguido por todos os estabelecimentos. Assim, eles precisam cuidar dos riscos físicos (como ruídos e temperaturas extremas), químicos (como substâncias tóxicas) e biológicos (como vírus, bactérias e protozoários). Além disso, os riscos ergonômicos (como repetitividade de atividades e postura inadequada) e de acidentes (como explosões, incêndios e quedas) também são foco de atenção quando o assunto é saúde ocupacional.
Sendo assim, existem várias atitudes que podem prevenir tais fatos, como: fazer a limpeza do local de trabalho, oferecer e fiscalizar o uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), fazer a manutenção constante das máquinas, promover treinamentos regulares de segurança, conscientizar os colaboradores quanto às ameaças ambientais, ter kit de primeiros socorros, se preparar para possíveis incêndios, orientar quanto à prevenção de lesões por repetição, dar intervalos etc.
Bem, é lógico que os riscos empresariais não podem ser extintos por completo. No entanto, é imprescindível que cada organização faça seu próprio planejamento e estudo dos ambientes, a fim de que as principais ameaças sejam evitadas. Um gerenciamento eficaz colabora na saúde financeira e no sucesso do negócio.
Por falar em ameaças, você sabe identificar quando a empresa corre um grande risco de falir? Confira no nosso próximo artigo!