Alguns dos principais fatores para o sucesso de um empreendimento estão ligados diretamente ao controle orçamentário e ao processo de gestão dos negócios. Contudo, quando ocorre a mistura das finanças pessoais e empresariais, o sucesso pode estar sendo colocado em risco.
Mesmo quando a única fonte de renda do empresário é proveniente dos recursos auferidos da empresa, é possível traçar metas e ações que desassociem as receitas e despesas pessoais das operações da organização.
Vale destacar que as formas de remuneração dos sócios se dá por meio do pró labore ou pela distribuição dos lucros, portanto, se não dessas duas formas você não pode utilizar o dinheiro da empresa em pagamentos de despesas pessoais, como: conta de luz, gás, colégio do filho, etc.
Caso seja configurado esse tipo de confusão patrimonial, a blindagem tão importante que existe em diversos tipos societários deixa de existir e você pode ser responsabilizado à pagar eventuais dívidas da sociedade com seu patrimônio pessoal.
Como forma de evitar essa confusão patrimonial e prejuízos financeiros, é essencial que na constituição da empresa no início das operações a conta corrente seja imediatamente aberta, pois facilitará que você não caia na tentação de “administrar” somente uma conta bancária.
Pensando em prevenir erros no seu negócio, elencamos as principais informações sobre a importância de separar as finanças pessoais e empresariais. Leia este post e confira!
Quais as consequências de não separar as finanças?
Você já pensou em contar com um capital de giro e não ter o valor necessário em caixa no momento em que precisar utilizá-lo? Seria terrível, não é mesmo? Pois bem, a falta de organização das finanças pessoais e empresariais pode acarretar em uma previsão errada de quanto a empresa realmente possui.
A falta de controle impacta diretamente na forma de identificar os custos e as despesas empresariais. Desse modo, as ações estratégicas para a redução desses valores tornam-se ineficientes, pois existem retiradas que elas não compreendem.
Com isso, é extremamente difícil que o empreendedor consiga mensurar a lucratividade e a rentabilidade do seu negócio. Muitas vezes, a demanda de vendas aumenta mas os resultados não aparecem. Essa é uma das principais consequências da mistura das finanças.
Em longo prazo, essa imprecisão do fluxo de caixa pode dificultar o cumprimento das obrigações, como o pagamento de fornecedores, colaboradores e até impostos.
Como separar as finanças pessoais e empresariais?
Para não haver enganos sobre qual dinheiro está sendo utilizado, é imprescindível separar as contas bancárias. Na conta empresarial, apenas as operações relacionadas ao empreendimento, independentemente do porte da empresa, devem circular.
Outro item importante a ser lembrado é os cartões de crédito. Não faça compras pessoais com o cartão empresarial, isso afeta diretamente o fluxo de caixa.
Caso seja necessário definir uma remuneração mensal ao sócio-administrador, faça isto pelo pró-labore que representa a remuneração que a empresa pagará ao empresário pelos serviços prestados. Vale lembrar que essa quantia não está prevista nas leis trabalhistas, porém, para fins tributários, incide o INSS e à depender do valor estipulado também será devido o Imposto de Renda.
Importante destacar que por meio do pró-labore e com o pagamento da contribuição previdenciária, o sócio fica resguardado para usufruir dos benefícios concedidos pela previdência social, tais como: auxílio doença e salário maternidade, além da possibilidade da aposentadoria por idade ou tempo de contribuição, que de uma forma ou outra é um bom complemento financeiro quando a pessoa está mais experiente e muitas vezes diminui sua força de trabalho.
Outra forma do empreendedor possuir uma remuneração pela empresa é a distribuição de lucro. Essa remuneração é realizada proporcionalmente ao capital investido por cada sócio. Conforme a legislação tributária, a distribuição de lucro é isenta de Imposto de Renda e INSS.
De que maneira seu patrimônio pode estar em risco?
Na grande maioria dos casos, os empresários não respondem pelas dívidas das empresas devido ao fato de elas estarem enquadradas com responsabilidade limitada.
No entanto, existem situações em que, caso seja comprovado que o sócio-administrador realizou uma má administração ou cometeu ato ilícito na aplicação do seu poder, ele poderá, sim, responder com seu patrimônio pessoal para a quitação das dívidas.
Logo, a desorganização financeira entre as finanças pessoais e empresariais pode se caracterizar como má administração, tornando o empresário responsável pelas dívidas da empresa.
Tanto para fins pessoais como empresariais, as práticas contábeis podem ser o suporte que você precisa para estar em dia com o gerenciamento das operações. Poder contar com uma empresa de contabilidade é fundamental para o controle eficiente dos resultados.
A contabilidade traz consigo ações fundamentais para o aperfeiçoamento do fluxo de caixa, além de trazer relatórios fidedignos para o planejamento estratégico dos negócios. Então, cabe ao empreendedor pôr essas informações em prática tanto na empresa quanto na sua vida pessoal.
Gostou das informações sobre finanças pessoais e empresariais? Entre em contato conosco, temos muitas dicas para a melhoria do seu negócio.