O acúmulo de dívidas empresariais é a principal causa de dificuldades em manter um negócio lucrativo. Em última análise, o excesso de dívidas pode até mesmo levar a empresa à falência.
No Brasil, o quadro de endividamento ainda é preocupante. Nos embalos da recessão que persiste, as empresas ainda estão encontrando obstáculos para gerar receitas. O lado mais perverso da crise é que, quanto mais endividadas as empresas ficam, mais difícil é a recuperação da economia.
Junte a dificuldade em saldar os débitos com a falta de experiência em gestão, e está formada uma verdadeira armadilha, da qual muitos empresários não conseguem escapar.
A boa notícia é que as armadilhas do endividamento podem ser evitadas, desde que as 7 dicas abaixo sejam seguidas de forma diligente e sua empresa solicite respaldo profissional. Acompanhe com muita atenção!
1. Contrate uma assessoria de contabilidade
Uma característica marcante em empresas com passivo elevado é a falta de orientação em relação aos aspectos financeiros e contábeis inerentes às atividades produtivas. Esse traço é ainda mais presente em negócios gerenciados em família, em que a gestão amadora acaba pautando as ações com base no imediatismo, sem a definição de um plano de ação com metas e objetivos claros.
Forma-se um contexto em que o apoio de profissionais é a única solução capaz de dar novo rumo aos negócios. O controle e o planejamento financeiro adequado garantem não só a liquidação dos débitos, como são o ponto de partida indispensável para a abertura de novas frentes de negócio, ou seja, o crescimento.
Com a assessoria contábil de uma empresa experiente e com profissionais multidisciplinares, você aumenta exponencialmente o profissionalismo na gestão da empresa, possibilitando almejar melhores resultados financeiros com uma empresa equilibrada e gerenciada com base em documentos contábeis idôneos, permitindo maior controle de cada uma das atividades do negócio.
2. Encare as dívidas
Se chegar a um ponto de quase insolvência, sua empresa precisará fazer o que foi negligenciado ao longo do tempo: encarar seus boletos, sem medo de pagar. Isso acontece porque há empreendedores que adquirem o costume de “empurrar com a barriga” os pagamentos de suas contas, acumulando vultosas dívidas empresariais sem sequer se dar conta disso.
Essa é outra prática nociva típica de gestões amadoras e que leva empresas a se endividarem conforme o tempo passa. Uma conta deixa de ser paga aqui, outra é paga com atraso ali e, ao fim de um certo período, aquela dívida aparentemente insignificante vira um tremendo rombo nas finanças.
Uma boa ferramenta financeira é a criação de um OBZ – orçamento base zero – que de maneira agressiva permitirá que você elimine uma série de despesas fixas que atrapalham demasiadamente os resultados da empresa.
Por meio do OBZ, você e sua equipe, poderão analisar todo o cenário financeiro da empresa. Para isso, será determinante que toda a equipe esteja alinhada e com um mesmo objetivo, sobretudo, ao desenhar as etapas de cada uma das atividades, sob pena do orçamento não adentrar em despesas relevantes, tornando-o sem credibilidade e com inúmeros gargalos.
3. Tente renegociar as dívidas
Para um credor, é melhor receber alguma coisa do que não receber nada. Partindo desse princípio, o ideal é que você adote uma postura que valorize o diálogo. É muito pior para ambas as partes um ambiente de incerteza. Portanto, não deixe de buscar um acordo que contemple as necessidades, suas e das empresas que têm valores a receber.
Caso haja um contrato regendo o dinheiro devido, fica mais fácil negociar, afinal, todos já sabem qual o ponto de partida para chegar ao melhor acordo. Se for esse o caso, tente primeiro reduzir as taxas de juros e eventuais multas previstas.
Caso não haja um contrato, então sua capacidade de expressar seu ponto de vista e de se comunicar serão fundamentais para chegar às condições desejadas. Lembre-se de que só o fato de mostrar-se disposto a pagar já conta pontos a favor — use essa vantagem com sabedoria.
4. Faça uma queima de estoque
Uma alternativa bastante utilizada por empresas que querem aumentar a liquidez, ou seja, gerar resultados a curto prazo, é a tradicional queima de estoque.
Caso sua empresa trabalhe com produtos perecíveis, essa estratégia deverá ser adotada com bastante cautela. Verifique criteriosamente junto ao controle de estoque se as mercadorias destinadas à queima ainda estão dentro do prazo de validade. Nada pior do que ter que lidar com a insatisfação de clientes em massa, após uma malsucedida liquidação de produtos com prazo estourado, certo?
Outro ponto que requer atenção é a manutenção da margem de lucro. Queimar o estoque não é o mesmo que abrir mão do retorno financeiro, mas sim vender com uma margem menor, garantindo preços atraentes para o consumidor e que permitam acelerar o giro de mercadorias.
5. Busque redução da carga tributária
A pesada carga tributária é um desafio constante para as empresas brasileiras manterem a lucratividade. Os valores destinados ao fisco consomem uma fatia expressiva dos lucros das empresas, que ainda se veem forçadas a se ajustar a um sistema tributário burocrático ao extremo.
Diante do enorme volume de obrigações acessórias, atualizações nas regras tributárias e custo gerado por tantos procedimentos, a perda de controle das finanças é uma ameaça real.
Esse risco se materializa quando as empresas acabam pagando impostos a maior, ou seja, arcam com tributos que poderiam deixar de serem pagos. Para isso, é fundamental a realização no início de cada ano um planejamento tributário, visando não só a redução da carga tributária com base na lei, mas que identifique lacunas nos procedimentos adotados, previna a empresa contra eventuais fiscalizações e ajuste os processos internos em relação com a parte tributária.
Pode parecer um custo extra, mas, em compensação, assegurará que você não pague mais impostos do que deveria, não tenha gargalos na sua operação e que todas as obrigações estarão cumpridas de acordo com a legislação brasileira, permitindo que seu negócio tenha maior lucratividade.
6. Tente fazer a transposição da dívida
Caso os débitos que sua empresa tem em aberto pertençam à instituições financeiras, uma possibilidade é negociar com uma terceira o pagamento dos valores devidos.
O mais importante é que as taxas de juros que você esteja pagando tornem a transposição vantajosa; caso contrário, sua empresa estará apenas acelerando o crescimento da bola de neve.
Por isso, é importante colocar em prática a negociação, de forma que a abertura de um novo financiamento não gere ainda mais asfixia financeira.
7. Recorra ao financiamento coletivo
Em alguns casos, sua empresa pode abrir uma conta em um site de financiamento coletivo, para arrecadar junto aos seus clientes os valores para, pelos menos, aliviar o peso das dívidas.
Também conhecido como crowdfunding, quando é realizado por empresas passa a ser definido como empréstimo peer-to-peer, ou seja, é como se empresas e pessoas estivessem se bancando, em vez de contraírem mais empréstimos bancários.
É vantajoso por ser uma modalidade de financiamento em que os juros e taxas envolvidas são muito menores, embora implique a prestação de contas com mais credores. Em PMEs com dívidas empresariais que comprometam a liquidez, é uma forma menos burocrática e ágil de captar recursos, embora sempre esteja em jogo a reputação do negócio.
Dívidas com a Receita Federal também podem minar a credibilidade e, pior, resultar em pesadas multas. Evite a ação fiscalizatória do Leão: entre em contato agora e veja como regularizar sua empresa de uma vez por todas!