O controle de estoque é um tipo de ferramenta crucial para a manutenção de um negócio. Com ele é possível analisar os produtos estocados, bem como, os que precisam ser repostos. Entretanto, mesmo com tamanha importância esse processo ainda é amplamente negligenciado por muitos gestores.
Os poucos que têm essa preocupação acabam fazendo de forma equivocada e pouco eficiente. Atualmente, a melhor forma de controlar o seu estoque é utilizando a tecnologia. Pensando na importância do assunto, resolvemos escrever este artigo.
Nele, mostraremos a importância da gestão de estoque e as ferramentas que você pode utilizar para fazer isso. Acompanhe!
Porque fazer um bom controle de estoque?
O controle de estoque é um procedimento que tem por objetivo monitorar e analisar os materiais que entram e saem de uma empresa de modo a garantir o perfeito funcionamento de todas as suas operações.
A gestão adequada dos fluxos de entrada de produtos, bem como, de suas saídas, possibilita que o gestor possa identificar a necessidade de compras, reduzir perdas decorrentes do vencimento de produtos e obter melhores condições de negociações com seus fornecedores.
Qual o impacto econômico que essa tarefa proporciona?
O impacto econômico dessa tarefa está diretamente ligado com as finanças do negócio. Quando você tem uma boa gestão de estoque evita a perda de produtos pela sua deterioração ou desinteresse do mercado por ele.
Além disso, quando você sabe controlar seus estoques, consegue prever a necessidade de reposição de produtos com bastante antecedência e consegue tempo para negociar com seus fornecedores.
Ainda com relação a esse ponto, o controle de estoque, quando feito de forma eficiente, também evita o transtorno que ocorre quando faltam mercadorias para atender a determinadas necessidades dos seus clientes.
Quais são as ferramentas tecnológicas utilizadas para fazer o processo?
Atualmente, existem diversas ferramentas utilizadas na gestão dos estoques, entretanto, a que proporciona melhores resultados são as que trabalham de forma integrada com outros setores da empresa. Assim, quando uma nota fiscal de venda é emitida o próprio módulo de controle de estoque já faz a baixa automática.
Assim, os responsáveis pelo departamento ficam com o encargo de conferir se o que está sendo demonstrado no sistema, efetivamente, é o que está estocado naquele dia. Isso facilita em muito o trabalho além de garantir uma maior eficácia das quantidades estocadas.
Quais são as principais metodologias na gestão de estoque?
Agora, mostraremos quais são as principais metodologias de gestão de estoque que você pode implementar em sua empresa. Continue lendo!
Primeiro que Entra e o Primeiro que sai (PEPs)
O PEPs é uma metodologia de controle de estoque em que os primeiros produtos que entram no armazém também serão os primeiros a saírem. Funciona, basicamente, da seguinte forma: o item que chega antes ao depósito deve ser o que vai embora primeiro, assim, o que chega por último também saí por último. Por meio disso é possível fazer o gerenciamento de estoque de forma mais segura.
Por conta dessas características os primeiros produtos que chegarem ao seu estoque são aqueles que definirão o preço de custo. A principal vantagem de utilizar esse tipo de abordagem está no fato de que o cálculo desses valores não é baseado em estimativas, mas sim, no preço real do produto.
Último que Entra é o Primeiro que sai (UEPs)
A metodologia UEPS tem a premissa básica de que o último produto que entrar sai primeiro. Nesse caso, o cálculo do custo do estoque parte dos preços dos últimos itens que chegaram até o seu depósito. Ou seja, no cálculo o valor dos produtos que entraram primeiro são enquadrados como se fossem os primeiros que foram vendidos.
Em outras palavras, significa que o valor total do estoque é extraído do custo do último preço que, geralmente, é mais alto e acaba gerando um crédito positivo de material ao estoque. Isso seria excelente do ponto de vista financeiro, no entanto, geraria uma margem ilegal de redução tributária e é exatamente por esse motivo que a legislação brasileira não permite sua utilização pelas empresas.
Além disso, em alguns casos ele não é recomendado, como o de empresas que estocam produtos perecíveis. Embora não seja permitido, por hora, no Brasil em países como os Estados Unidos, Alemanha e México essa metodologia é amplamente utilizada.
Custo médio
O Custo Médio é uma modalidade de controle de estoque muito comum no Brasil. Ele também é denominado de preço médio e pode ser obtido por meio da aplicação da média entre os custos de aquisição. Para entender melhor o seu funcionamento, ilustramos com um exemplo simples.
Imagine, por exemplo, uma empresa que em certo período de tempo produziu 100 unidades de um mesmo produto com preço de custo em R$ 500,00. Em outro período foi necessário produzir o dobro, porém, o custo foi de R$ 1.150,00. Para efetuar o cálculo o gestor de estoque deverá somar o custo total de produção dividido pela quantidade de unidades fabricadas para chegar ao valor do seu estoque.
Sendo assim, temos R$ 1.650,00 para produzir 200 unidades, sendo assim, temos que cada unidade tem um preço de custo médio de R$ 8,25.
Como fazer o controle de mercadorias perecíveis?
O controle de estoque de produtos perecíveis merece uma atenção especial, afinal, caso ocorram o seu vencimento antes da saída do seu estabelecimento o prejuízo é certo e você não poderá comercializá-los.
Portanto, é fundamental que você tome alguns cuidados na hora de armazenar. O primeiro passo, portanto, é utilizar a metodologia do PEPs para que os produtos mais recentes possam sair logo do estabelecimento e evitar o seu perecimento.
Além disso, é importante que você também tenha o devido cuidado com a limpeza e manutenção da temperatura do ambiente para evitar que bactérias convivam com seus produtos perecíveis que estão estocados.
Equilíbrio entre estoque e demanda
Tão importante quanto saber quais mercadorias a empresa precisa comprar ou produzir, é conhecer a quantidade que melhor atende seu negócio.
Para tal equilíbrio é fundamental conhecer sua demanda, reduzindo ao máximo a necessidade de estocagem dos produtos, pois quanto menor a chance de falta, maior o custo de logística e estocagem. Entretanto não deixando faltar a mercadoria para venda, pois a perda de um negócio devido a falta do produto no estoque geram prejuízos intangíveis, como perda da fidelidade e desgaste com seu cliente.
Nas indústrias, é comum a utilização do sistema MRP (Material Resource Planning – Planejamento da necessidade de materiais) que planeja a compra dos insumos conforme a previsão da demanda. Já no varejo ou atacado deve ser feito a partir da demanda criada, de modo que evite criar excessos de produtos e ao mesmo tempo sua escassez.
Agora que você chegou ao final da leitura deste artigo já tem informações suficientes para saber qual é a importância do controle de estoque, bem como, as ferramentas e metodologias para implementar em sua empresa. Portanto, não perca mais tempo e comece a adotar as medidas a partir de agora.
Gostou deste artigo? Quer continuar aprendendo sobre o assunto? Então, confira o post que preparamos para você. Nele, mostraremos como fazer um controle de estoque eficiente.