A consultoria contábil é a vertente da contabilidade que cuida de avaliar estrategicamente as necessidades de empresas cuja meta seja obter melhores resultados. Serve, também, para auxiliar negócios em fase inicial, período sempre crítico e que demanda máxima atenção para aspectos como capital de giro, fluxo de caixa e a forma de tributação.
Contudo, nas empresas já estabelecidas, nem sempre os gestores têm o timing certo para recorrer a uma consultoria. Por falta de experiência, formação ou recursos, acabam deixando para solicitar auxílio quando estão na iminência de uma calamidade financeira.
Trata-se de um equívoco que poderia ser evitado se os seis sinais que apresentamos a seguir fossem identificados com antecedência. Leia atentamente e, se o seu negócio apresentar pelo menos um deles, é provável que o momento de ter o apoio de uma empresa especialista seja agora.
1. Plano de negócios não concretizado
O plano de negócios é uma das etapas fundamentais que antecedem a abertura de uma empresa. Depois que o negócio começa, esse plano vai sendo naturalmente aperfeiçoado. Afinal, há sempre imprevistos e oscilações do mercado que obrigam a corrigir a rota traçada.
Para que seja efetivo, esse plano deve ser elaborado com bases realistas, ter metas tangíveis e prever os recursos necessários para a sua realização.
Nas empresas sem o apoio da contabilidade consultiva, é comum que o plano de negócios tenha lacunas que impedem a sua plena efetivação, em especial na parte fiscal que diante da nossa legislação complexa grande parte dos gestores não dominam o assunto.
Para que a empresa prospere e a atividade econômica do negócio gere resultados satisfatórios é essencial que elementos como tributação, fluxo de caixa, controle de estoque e logística sejam muito bem definidos, o que requer do gestor conhecimento técnico sobre essas atividades que muitas vezes o empresário brasileiro deixa em segundo plano, se comparada as vendas.
2. Desorientação quanto a taxas e impostos
O sistema tributário brasileiro, embora venha se modernizando, ainda é um dos mais complexos do mundo. Não é de admirar que o peso da carga tributária seja o responsável indireto pela redução da lucratividade, com ênfase para as PMEs, sempre as mais sensíveis à tributação.
Diante de um cenário complexo, não se pode imaginar que seja possível arcar com tantas responsabilidades sem a ajuda de profissionais. Os que tentam fazer de outra forma acabam invariavelmente penalizados, seja pela redução da margem de lucro, seja pelas sanções impostas pelo fisco, quando deixam de cumprir o que está previsto em lei.
No Brasil os principais regimes tributários são Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional, e não é exagero ratificar que uma má escolha de uma dessas formas de tributação pode inclusive inviabilizar a continuidade da empresa, seja no pagamento de tributos em demasia ou por um controle e organização operacional sobre documentos e cada uma das atividades que a depender do escolhido muitas vezes a empresa não está preparada.
Portanto, não há receita de bolo, as empresas que tratam dos impostos no escuro correm um risco desnecessário, considerando o apoio que uma consultoria tributária pode prestar nesse sentido.
3. Projetos não realizados
Carlos tem um curso preparatório em uma região movimentada no centro de sua cidade. Há tempos, suas duas salas de aulas estão abarrotadas de alunos, em função da grande procura e da enorme lista de espera por vagas.
Ele sabe que precisa expandir, tanto construindo mais salas como investindo em ensino a distância (EAD). Passa um ano, mais outro, e Carlos, o gestor do curso, não vê alternativa para colocar em prática o ambicioso plano de expansão. São muitas contas a pagar, impostos, folha de pagamento e fornecedores impedindo que o sonho de crescer se realize.
Esse é um caso fictício, mas que pode ser perfeitamente adaptado à realidade de muitos negócios no Brasil. O que gestores como Carlos não sabem é que uma consultoria contábil poderia ajudar, primeiramente, fazendo um planejamento tributário para identificar, principalmente, se a forma de tributação escolhida antes da expansão continua sendo a melhor opção ou se há outra que faça a empresa pagar menos impostos com base na lei, além de apontar outras possibilidades de redução de gastos que permitiriam até custear uma expansão.
Por outro lado, crescimento significa assumir mais responsabilidades, e aí, mais uma vez, a consultoria é uma ajuda valiosa, já que poderá prever o impacto do aumento das receitas em termos tributários/fiscais.
4. Dúvidas sobre investir ou cortar gastos
Um dilema que aflige os empresários com pouca prática em contabilidade e finanças é saber identificar se o negócio precisa de investimento ou de cortar gastos.
Afinal, se investir significa mais dinheiro entrando, então é sinal de que os gastos serão reduzidos, certo? Em contrapartida, ao eliminar custos, mais recursos estarão disponíveis, o que também significa mais dinheiro em caixa e um orçamento maior.
Na teoria seria perfeito. Contudo, a prática mostra que o primeiro passo a ser dado é sempre a eliminação de custos. Investir em uma nova frente de negócios implica necessariamente contrair novos gastos, que precisam ser previamente muito bem identificados.
Para isso uma boa ferramenta agressiva de cortar despesas é desenvolver na empresa o orçamento base zero.
Planejar significa conhecer, primeiro, os recursos necessários para materializar uma ideia. Sendo assim, nada mais coerente do que pensar em cortar, para depois investir.
5. Acúmulo de responsabilidades sobre o faz-tudo
Outro cenário comum no meio empresarial brasileiro são os negócios tocados por gestores do tipo “mil e uma utilidades”. É compreensível, já que o custo de contratação de mão de obra qualificada ou de equipes costuma ser alto quando o negócio ainda está engrenando.
O equívoco está em pensar que a única solução possível seja contratar colaboradores em regime permanente, até porque nem tudo demanda uma resposta definitiva. Não seria melhor se fossem contratados especialistas, que poderiam orientar sobre o tratamento dos impostos e até pudessem oferecer treinamento em questão tributária?
Se a falta de tempo parece ser uma justificativa aceitável, pense no tempo que você poderá gastar tendo que lidar com multas, proibições ou, pior, com os prejuízos em função da concentração de tarefas.
6. Desorganização em relação ao planejamento tributário
Vimos, no início, que o sistema tributário brasileiro é complexo e que gera custos elevados para as empresas com planejamento precário ao tratar dos impostos.
Na verdade, o pagamento de tributos exige máxima atenção desde a escolha do regime. Embora o Simples Nacional seja uma alternativa para PMEs, será a melhor opção e com menor carga tributária, é preciso a análise crítica em cada uma das atividades da empresa e na lei para definição da forma de tributação mais vantajosa.
O ideal é que no início das atividades e em cada ano seja feito um planejamento tributário que não só indicará qual a melhor forma de tributação para o cenário atual da empresa, como também analisará todo o histórico para acerto de eventuais erros e para prevenção contra fiscalizações no caso de ausência de entrega de obrigações tributárias.
Um deles é a tributação baseada no faturamento, e não no lucro. Portanto, se a sua empresa é optante do Simples, pagará imposto mesmo que feche o período no vermelho, situação diversa da que acontece em regimes como o de lucro real ou presumido.
Felizmente, antes de começar o exercício fiscal, é possível mudar de regime tributário sem prejuízo para a empresa. No entanto, essa mudança não deve ser feita sem a avaliação minuciosa que só uma consultoria contábil é capaz de realizar.
Você se identificou com algum dos sinais e quer estancar os prejuízos? Não exponha o seu negócio, faça contato agora mesmo com um de nossos especialistas e evite o caos fiscal!